sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Conhecendo o Mundo...


Se você, caro leitor, conhece alguma história, piada, estória ou coisas do tipo que nos façam compreender (ou pelo menos tentar) o comportamento do ser humano quando diante da sociedade, por favor, mande no email: oliviapsicoblogando@gmail.com e terei imenso prazer em postar quando tiver oportunidade.
Para dar início contarei aqui, por alto, uma história que ouvi há poucos dias de uma colega psicóloga, que ouviu de outro colega psicólogo.
“Ainda bebê foi deixado na roleta do monastério da cidade mais próxima, seria criado pelos monges e preparado para ser um deles, como muitos outros meninos. Já em sua juventude disse ao monge que desejava sair do monastério e conhecer o mundo. Muito preocupado, o monge alertou o inexperiente garoto do perigo que era o mundo fora do monastério, mas devido à insistência do garoto, aceitou a ideia e deixou que ele descobrisse o que havia além do muro. Ao abrir o enorme portão que protegia o monastério, havia muita neve no caminho pela frente e, mesmo com receio, o jovem começou sua caminhada observando atentamente tudo a sua volta. Ouviu de longe um piado triste e encontrou um pequeno pássaro que estava morrendo por causa do frio que fazia. Imediatamente, pegou o animalzinho em seu colo e tentou aquecê-lo. Enquanto preocupado por não ter aprendido no monastério o que fazer com um ferido, começou a rezar e pedir à Deus que o ajudasse a salvar o pássaro. Nesse instante, uma vaca vinha em sua direção, parou em sua frente e fez suas necessidades diante do jovem e foi embora logo em seguida. Perturbado com o que estava lhe acontecendo em tão pouco tempo de liberdade, o jovem notou que do estrume da vaca saia fumaça; então colocou o passarinho no “monte” e cobriu logo o animalzinho que morria de frio, que então voltou a piar novamente com toda sua energia. O jovem monge seguia seu caminho quando avistou um enorme gavião que veio rapidamente e comeu o pássaro que tinha acabado de ser salvo. Moral da história: 1- Nem sempre quem te põe na merda é seu inimigo; 2- Nem sempre quem te tira da merda é seu amigo e; 3- Quando estiver na merda, fique de bico calado.”
Obrigada colegas por dividirem essa brilhante história.
Agora aguardo o retorno dos leitores a respeito da história, pensando no que isso tem a ver com esse blog. Comentem, vamos tentar dar início a algum debate e descobrir o que pensamos da vida social..rs. É com vocês, pessoas.
Abraço a todos, obrigada pela presença!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Já começa com o despertador que toca; a chaleira que apita e a porta que se fecha. A caminho do trabalho percebo inúmeras pessoas na mesma rotina. É carro passando, buzina e alarmes disparando, o apito do guarda na esquina misturado com o berro da mãe do menino que corre pela praça. O pedreiro da construção mexendo com a vizinha que passa, o jornaleiro dando bom dia ao cliente, o padeiro liberando mais pão quentinho. No trabalho tudo continua. Muita gente, um falatório sem fim, cada um no seu setor. O gerente que cobra o funcionário, a secretária tentando agendar uns clientes ao mesmo tempo em que tenta driblar outros, a faxineira torcendo o pano de chão enquanto fala para a outra do barraco que foi a novela das nove de ontem e, de repente, chega o patrão, teremos reunião. Xiiii, sujou! “(...) quero que vocês batam a meta do mês, a concorrência está na nossa frente. Não me venham com essa de baixa produção por falta de motivação. O vale está suspenso e o cafezinho também. Tenho dito!”. Mais ti-ti-ti depois que o chefe sai. Na tentativa de consolar o colega de trabalho, um abraço pra acalmá-lo; uma água para aquela que quase desmaiou e um bate-boca de leve entre os que aprovam e os que não aprovam a atitude do patrão. Melhor voltar pra casa, jantar com a(o) esposa(o) e fazer o dever de casa com o filho caçula, e até dar aquela bronca na filha mais velha que não lavou a louça do café e faltou à escola. Nada como uma cama quentinha com a coberta cheirosa, ao lado de uma boa cia. Mas, antes disso tem o telejornal para se informar das loucuras da vida, dos pesadelos do dia a dia e o tempo de amanhã. Agora sim, um sono tranquilo nas poucas horas que faltam para começar tudo novamente.
Assim é a vida. Você tem seus interesses e eu os meus, você busca satisfazê-los assim como eu. Mas de onde vem isso, como funciona, para que serve?
Ninguém me ensinou que tudo começou quando minha mãe deu à luz a mim. Quando eu chorava e ela me cobria ou me amamentava ou até mesmo me dava a chupeta que perdurou por tantos anos. Eu tinha pai sim, mas no meu mundo de recém-nascido só existia ela e foi por isso que formamos um elo muito forte entre nós. Meu pai se punha doido quando eu engasgava, mas minha mãe sabia que era só me levantar e bater em minhas costinhas que logo me acalmava. Ela entendia perfeitamente o que eu queria e precisava e, detalhe: ela me satisfazia.
Depois fui pra escola. Gostava das músicas que aprendia e da tia que dava a merenda. A tia da classe era brava, não entendia por que eu era quietinha(o), mas eu não ligava. Continuei crescendo, a família aumentou e até um cachorrinho eu ganhei. Chegou a hora de ir pra faculdade, morar em outra cidade, tentar um estágio, me formar com louvor e um bom emprego conseguir. Nesse tempo todo fiz amizades e inimizades. Nunca matei ninguém por isso, mas confesso que já beijei bastante assim. Foi assim que me casei, tive meus filhos e pretendo ter meus netos. Zelar pela família e pelos amigos, desejando algo melhor aos inimigos. Um dia precisarei deles, um dia poderão precisar de mim. Não importa quem seja, pois são os relacionamentos de uma vida. São os vínculos, bem ou mal, que eu formei durante todos os anos de existência na terra. E pensar que tudo começou com mamãe. Graças a Deus por isso!